Pérola do Madeira
Seu nome é maria
com 100 anos
de muita agonia
e ouro profano
A Madeira leva
por trilhos
A treva
e muito trabalho
Em seu jardim flores
e muito maracujá
bois aos arredores
e cearenses acolá
Em cena Bizarros
madeixas onduladas
cheias de barro
cardumes apartados.
Andarilho da Lua
Caminhante apaixonado por seu lar.
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
sexta-feira, 9 de maio de 2014
Canção do Exílio
Minha terra tem seringueiras,
Onde trabalha o ceará
Os caboclos que aqui trabalham,
Não trabalham como lá.
Nosso céu têm mais estrelas
Nosso lagos, rios, mais descobridores.
Nossas matas têm mais vida
Nossa vida, mais labores.
Em cismar, sozinho, à noite.
Mais abatido encontro-me lá
Minha terra tem solteiras,
Onde encontro só lá.
Minha terra têm clamores,
Quais tais não encontro cá;
Em cismar - sozinho, à noite.
Mais pender encontro lá
Minha terra tem maneiras,
Que afasta-me de lá.
Não permita que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute dos primores
Que não encontro por cá;
Sem que ainda aviste as ladeiras,
Onde nasce o cajá.
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
Em pequenas doses acalmo
Maçante sabor adormecido
De mau gosto trato olfato
Efeito colateral indefinido
Servido sofrimento aplacado
Alívio bem presente amargar
Dos mares, desgosto, apartado
Com amor, o desamor, separar
Eliminado o inconveniente
Imagina outras formas amenizar
Mas de tudo, meu amor, combates
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
Paz e ciência
Controle de uma virtude
Fazendo as pazes
Disposto em juventude
O bem que trazes
Sem perder
Calma ao longo do tempo
No meu entender
Um passatempo a tempo
Organizado relativamente
Aos cuidados da natureza
Compreensivamente
Virá com grandeza
De modo mais difícil
Desenvolvendo uma vez
De modo implícito
Resultado com nitidez
domingo, 2 de setembro de 2012
A
minha flor favorita
No cenário uma flor que
exala seu doce perfume e espalha sua beleza, me indago:- o que faz este
espinho? Estando preso a ela. Necessita ela, dele? Pois, apreciando no campo,
mantem sua beleza, que permanece sempre junto a ela. Nunca irá entender o porquê
a elegi, se até mesmo as abelhas e borboletas sugam o néctar de flor em flor. Mas
como escaravelho negro que enclausura dentro de uma única rosa e vive nela
para sempre até que suas pétalas se fechem sobre ele em um abraço abafado. Determinada flor, em primeiro lugar, uma renúncia a
todas as outras flores. Aquele espinho tem a rosa mais bonita. Senti-los me
fazia perceber o quanto era real tê-la em minhas mãos, tal espinho que guardo
para que nunca a machuque e que tu, como pétala, nunca se feixe para mim...
Mas e a flor? Ah, ela continua linda e
com o mesmo ar de doçura e ternura que, mesmo com espinho, não a vejo. E o
escaravelho? Ele se encontra no infinito, sentindo
bem seu perfume, amando seu novo lar... O que aconteceu depois Dalí ainda não se
sabe, a única coisa que se tem certeza é que a flor faz toda diferença na vida
do escaravelho... Ele não lamenta algo perdido, pois não haveria fruto
se a flor não caísse e tão menos deixasse no vento seu perfume, pois na flor o
orvalho como uma face que choraste em gotículas de sangue que o espinho tirou.
Ninguém compreendia...
Era apenas uma carta de amor
De um velho sonhador
Que com a dor
Veio rigor
Nossos sonhos eram a presença
Muito mais que um dilema
Sem medo da descrença
Dito em um poema
Construindo um castelo pronto
Que ao desmontá-lo entreguei
De um ponto em um conto
Em ciranda, de mãos dadas vaguei
Em um reflexo construído
Em fulgor na chama me entreguei
Persegui o que havia prometido
De uma realidade que sonhei
Escorrendo palavras do coração
Deixei cair em pincéis perdão
O orgulho de uma alucinação
Desconfiando de uma ilusão
Sobrando a curiosidade
Que na eternidade estaria
E continuasse na individualidade
O despertar deitaria
E, em um amigo, um anjo
encontraria
Um conforto instantâneo de
alegria
Onde de mim, te perdia
Pelo o mal que lhe fazia
Depois de escrito no livro
fechado
Um medo encontrado
Em harmonia desencontrada
O beijo que foi selado
Uma peça foi pregada
Ao amante que amava
O nada que o restava
Por não lembrar de nada.
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